Habitação em Portugal: desafios e perpetivas

O investimento na habitação tem crescido a olhos vistos, quer a nível de recuperação de edifícios antigos, quer na construção de novas habitações. A câmara Municipal de Lisboa afirma que, à data de setembro de 2023, já foram assinados contratos no valor de 500 milhões de euros apenas na reabilitação de bairros municipais e que, até 2028, será feito um investimento de 800 milhões de euros no programa geral de habitação, apenas na capital.  

Nós, na TUU, confirmamos a tendência de crescimento desta vertical no setor da construção, estamos ativamente envolvidos, conhecendo os desafios e as necessidades. Consideramos que é fundamental estar envolvidos em projetos e obras que façam a diferença e potenciem a melhoria das condições de habitação, e estamos, exemplo disso é a Nova Residência para Estudantes da Universidade de Lisboa, a Residência no antigo Estabelecimento prisional de Santarém, ou a requalificação do Bairro Padre Cruz. 

De facto, estes dados fazem com que se verifique um crescimento económico no setor, tornando-o num dos principais motores da economia portuguesa, criando postos de trabalho e estimulando o comércio. Para além disso, Portugal tornou-se num destino popular para investidores estrangeiros (também devido ao regime fiscal favorável para residentes não habituais). Por último, este investimento trouxe nova vida aos bairros recuperados, preservando património e revitalizando áreas Urbanas. 

No entanto, existem ainda muitos desafios que têm de ser enfrentados. Atualmente existe ainda uma escassez de habitações acessíveis e o aumento do custo de aquisição das casas nas principais cidades torna a compra de casa própria, para a maior parte dos portugueses, uma missão quase impossível. Para além disso, existe uma centralização do investimento nas cidades do Porto e Lisboa, levando a uma desigualdade de mercado gigantesca relativamente a outras áreas urbanas e, também, exerce uma pressão muito maior no mercado das duas maiores cidades do país. 

O governo desenvolveu um conjunto de medidas que pretendem ajudar não só os cidadãos, mas também as entidades que atuam no setor da construção, nomeadamente o Plano de Recuperação e Resiliência e o Plano Mais Habitação. Desta forma, foi promovido, no dia 20 de setembro de 2023 um Encontro Informal entre a Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, e várias entidades públicas e privadas do setor da construção, onde foram discutidos os vários desafios que o setor atravessa e as possíveis soluções e ambições para o futuro na construção. Durante as duas horas de conversa foram apontados como os maiores desafios a falta de mão de obra qualificada, a falta de aposta num tipo de construção mais inovador e que se desprenda do tipo de construção tradicional, os custos muito elevados de materiais (motivados pela guerra na Ucrânia) e falta de capacidade para cumprir com os prazos de execução. Foi, ainda, salientada a necessidade (e promessa) de simplificar licenciamentos, uniformizar processos e procedimentos a nível nacional e promover a digitalização. 

Existe, sem dúvida, uma preocupação em investir neste setor, que atua como motor da economia, existe uma preocupação em desenvolver e atualizar práticas, procedimentos e processos. Mas é fundamental que os cidadãos tenham capacidade para acompanhar esta evolução, de forma a garantir e promover habitação para todos. 

Partilha!

Share on facebook
Share on google
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

ENTRAR EM CONTACTO

Avenida Emídio Navarro, n.º 83
3000-151 Coimbra, Portugal

Telefone: +351 934567850
E-mail: mail@buildtoo.com